Dia desses li numa revista da Speak Up (não me recordo a edição, nem a capa) sobre os nomes que alguns filmes ganham quando são traduzidos para o português. Que existem erros de tradução horrorosos nas legendas, isto não é novidade.
Sempre cito como exemplo um documentário francês sobre algo relacionado á saúde pública na França, que eu assisti na TV Cultura ou algo parecido. Em determinada parte do documentário, a palavra citada era "General Surgeon", e a a tradução trazia o significado de "cirurgião geral". Mas não fazia sentindo nenhum o "cirurgião geral" determinar que o país tomasse as tais medidas de prevenção contra não sei o que (não lembro ¬¬). Para nó brasileiros, a tradução correta seria "Ministério da Saúde".
Cito este exemplo porque o erro grotesco ocorreu em um documentário de gênero educativo. Mas nós sabemos muito bem os erros ri-dí-cu-los que aparecem de vez em sempre. Esta é uma das várias razões para se assistir um filme no mínimo legendado. Dublado, never ever!!!
Mas o que eu vou falar aqui não tem a ver com erros de tradução. Tem a ver com o fato de um filme ou livro ganhar um nome totalmente diferente do seu original. O artigo da revista Speak Up explicava que essas mudanças aconteciam em grande parte por causa do apelo comercial dos nomes: coisas que fazem sentindo ou chamam a atenção em inglês não tem necessariamente o mesmo efeito em português. Estaria explicado então, a diferença nas traduções dos nomes dos filmes e livros que vemos por aí.
Mas eu acho bem interessante a gente buscar saber o nome original do que assistimos e lemos. Ali tem tantas pistas da história, da maneira de escrever do autor... Olha a Agatha Christie, por exemplo (sempre ela, a minha querida). Segue abaixo alguns exemplos de tradução para os livros dela:
Peril at the end house (Perigo na casa do penhasco) virou A Casa do Penhasco.
Evil under the sun (Infortúnio/Mal debaixo do sol) virou Morte na Praia
Lord Edgware dies (Lord Edgware morre) virou Treze à Mesa
They do it with mirrors (Eles o fazem com espelhos) virou Um Passe de Mágica.
enquanto...
Death in the clouds ficou Morte nas nuvens.
Cat among the pigeons ficou Um gato entre os pombos
Murder in Mesopotamia ficou Morte na Mesopotâmia
Halowe'em Party ficou A noite das Bruxas (se bem que existe um trocadilho ixxxxpééérto da dama do crime na hora de escrever Halloween. Ela trocou o final da palavra por Hallowe'em - que seria a abreviação para Hallow them, algo como "Consagrá-los, Venerá-los ou Reverenciá-los")
As traduções dos livros foram livres. Ou seja, foi a maneira como eu entendi. Como é possível ver, fica meio estranho dizer que você leu "Eles o fazem com espelhos" ou então "Maldade debaixo do sol". E, convenhamos, "Harry Potter e a Pedra Filosofal" é mais legal do que "Harry Potter e a Pedra do Filósofo".
Mas quando a gente sabe o nome original do livro, fica sabendo um pouco mais a respeito do que podemos esperar durante a leitura. Eu, por exemplo, fiquei com muito mais vontade de ler "They do it with mirrors" do que "Um passe de mágica". O livro é o mesmo, mas foi o título original que me prendeu a atenção.
E vocês, o que vocês acham? Livro e filme deveriam ser traduzidos literalmente?
Abraço, benhês!
Quer pousar na Lua e vencer os comunistas? Bote as crianças pra trabalhar!
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Em 4 de outubro de 1957 os EUA entraram em pânico. Guerra Fria correndo
risco de esquentar, Europa toda ouriçada, os comunistas vão e me lançam um
satéli...
Há 4 dias